sexta-feira, 23 de março de 2012

Paulinho, Seja Bem Vindo!

Nossos encontros estavam uma delícia. Cada novo ensaio eram criados novos arranjos de músicas que curtimos ouvir. A criançada sempre na loucura em volta brincando, comendo, chorando e precisando trocar as fraldas. Tudo estava caminhando muito bem, mas sentíamos falta de algo mais audacioso...
Alguém que deslizasse pelas notas com muita facilidade. Que desse mais vida aos nossos arranjos com outras idéias, riffs e solos. Solos daqueles que cutucam nossos ouvidos e nos fazem parar a conversa para ouvir. Pensamos em algumas opções, mas o caso era: será que uma outra pessoa curtiria essa loucura toda como nós curtimos? A sonzeira  sem pretensão, a cervejada, o bate-papo sobre coisas fora do eixo "Globo e você tudo a ver", a molecada brincando, gritando, comendo (eles comem pra cacete), a samambaia Creuza... bem, essas coisas de Todomundão. Teria que ser uma pessoa que além de tocar muito bem viesse para encorporar à família. Curtir o som e se sentir em casa. Chegar não como agregado, mas como parente. Entender que tem dias que a molecada fica alucinada e não rola ensaio e a gente fica tomando umas, cuidando das crianças e falando mal da vida alheia. Eis então que, após vários dias de divagação, um nome foi unânime: Paulinho! 
Sabíamos que se não fosse ele seria muito improvável que outra pessoa se enquadrasse nos termos "Todomundais". Discutimos bastante sobre o assunto e finalmente decidimos convidá-lo para fazer um som com a gente. Se o acaso realmente não existe, até aqui isso interviu. No dia 13 de julho de 2011, Dia Mundial do Rock, nos reunimos e fizemos um som. Foi uma experiência meio tímida, mas acabamos por nos curtir juntos. Com o passar do tempo nossos encontros foram ficando cada vez mais familiares. Foi como se estivéssemos recebendo em casa um parente muito querido que não víamos a tempos. As histórias, o carinho, o som, tudo isso foi se encaixando e ficando cada vez mais agradável. Hoje, quase um ano depois, posso afirmar que na casa de Todomundão não se arruma mais a mesa do jantar sem que nela estejam talheres, prato, copo e guardanapo a frente de uma cadeira com a escrição: Paulo Cueto.

Por Marcelo Feio


Todomundão. É assim que tem que ser. É assim que é.

2 comentários:

  1. Hahahaha.... Fiquei até emocionado, é uma honra fazer parte da família. Todomundão é bom demais... Mas eu jurava que a Samambaia e chamava Jurema. Acho q chamava ela pelo nome errado então... hehehehe... Grande abraço, amo vcs...

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  2. É Jurema Creuza. Vc não entende nada de samambaias...

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